segunda-feira, 18 de junho de 2012

IMUNIDADE À CONTAMINAÇÃO DO SISTEMA ECLESIÁSTICO



            Nesta lição queremos insistir na possibilidade de harmonia entre o “melhor” do seguimento denominacional e o Reino de Deus. Não há dúvidas de que, assim como já expressamos, o sistema denominacional como o conhecemos, está contaminado pelo espírito de culturas milenares que forjaram a construção ética, política, social e religiosa das sociedades e comunidades. Surge a indagação na alma daqueles que estão inseridos em alguma denominação forte e histórica: “Como posso estar imune à contaminação do sistema eclesiástico sem me insurgir contra ele o renunciá-lo definitiva e deliberadamente?” Acreditamos que nas próximas linhas forneceremos algum equilíbrio para nortear crentes e ministros denominacionais cuja mente tem sido iluminada pelo Evangelho do Reino e a Visão Apostólica.

i-                    ESTRUTURAS OBSOLETAS DE GOVERNO ECLESIÁSTICO
Quando falamos em estruturas obsoletas, estamos nos referindo aos extremos dos episcopalismo e do congregacionalismo, dentre outros, que sobrepujam a soberania do espírito Santo no corpo de Cristo. Estes sistemas desenvolveram um conceito hierárquico totalmente discrepante e paradoxal às Escrituras, que cria homens soberbos e idolatria à posições eclesiásticas. Nesse sistema, crentes são discipulados nos moldes de uma hierarquia humanista e, por vezes, tirânica. Os interesses de Deus e do Reino são subjugados pelos interesses pessoais de auto-afirmação institucional, ou seja, se deseja mais credenciais de plástico do que a unção do Espírito. É um sistema de patentes, quase militar, uma escada de influência institucional, onde se almeja se tornar gradualmente maior com o propósito de mandar mais. Sabemos que tudo isso não condiz com os princípios contra-culturais do Reino de Deus. A maneira de sobrepujar estes velhos sistemas de pensamento, não uma insurreição revoltosa ou um rompimento radical, e sim, uma verdadeira aliança com o Reino de Deus em Cristo e com toda a sua proposta. (Lc 22:24-27; Fl 2:3-4)
    
ii-                  CONECTADOS COM O SISTEMA, ALIANÇADOS COM O REINO
Uma conexão é um encaixe flexível e adaptável em que ambas as partes podem interagir, porém, podem se desencaixar quando há desgastes. Já uma aliança é um pacto inquebrável e indissolúvel, estabelecido entre duas partes que deliberadamente aceitaram as condições para uma união definitiva. Nossa relação com o sistema denominacional deve estar sempre no nível de uma conexão, esperando que a mesma seja harmônica; já nossa relação com o Reino de Deus, é a única aliança que de fato jamais pode ser quebrada, pois é aliança com o próprio Rei do Reino, Jesus Cristo, Deus. A conexão com o sistema deve ser levada adiante até que o mesmo despreze arbitrária e deliberadamente a Visão e os propósitos do Reino, é exatamente aí, que somos obrigados a nos posicionar favoráveis à vontade soberana de Deus, seu Reino. Podemos e devemos nos aliançar com homens de Deus no nível de cobertura espiritual, mas a durabilidade dessa “aliança”, está restrita ao nível de compromisso dessa liderança espiritual com o Reino de Deus. Não há aliança espiritual com instituições e organizações humanas, ou denominações, pois esse é um conceito do sistema. As alianças são com Deus e com seus embaixadores do Reino (II Co 5:20).

iii-                VESTIDOS DA CULTURA ECLESIÁSTICA, REVESTIDOS DA CULTURA DO REINO
Uma das coisas mais belas das denominações é sua diversidade cultural. Cada comunidade cristã pioneira possui características litúrgicas e culturais singulares, formas de expressar seu louvor e adoração, musicalidade própria, formas de expor e pregar a palavra de Deus, maneiras diferentes de mutualidade e interação, maneiras diferentes de se vestir. Em fim, cada um de nós deve se esforçar para nos aculturarmos em nossa denominação, pois esta uma característica fundamental de que possui uma mentalidade missionária do Reino: a habilidade de aculturação. Somos a Igreja de Deus em Cristo, temos uma cultura singular de adoração, pregação e liturgia, e de cada um que se agrega à família Deus em Cristo, pede-se que se vista de nossa cultura eclesiástica. Sim, devemos nos vestir de nossa cultura denominacional, mas é da cultura do Reino de Deus que devemos nos revestir, e além de nos revestir dessa, a mesma deve ser nossa própria pele, pois uma veste pode ser trocada, mas uma pele não, a não ser que alguém seja uma “serpente”, sua pele será sempre a mesma, o Reino de Deus. (Cl 3:8-17)

iv-                O IMPÉRIO RELIGIOSO E O REINO DE DEUS
Deus implantou um Reino na terra, e não um império, e existem diferenças marcantes entre Império e Reino, e a primeira delas é que por trás de impérios sempre há a influência de Satanás, aliás, é ele quem edifica impérios. “Ele [Deus] nos tirou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor.” (Cl 1:13). Homens influenciados por Satanás constroem impérios através de seu carisma pessoal, Jesus movido pelo Espírito edifica um Reino através de sua Igreja (Mt 16:18; Lc 17:21). Jesus não disse: é chegado o império (Lc 11:20); não disse: buscai o império (Mt 6:33); Pedro não disse que somos sacerdócio imperial (I Pe 2:9); na cruz não estava escrito: imperador dos judeus (Mt 27:37); não existe na bíblia livro dos imperadores (1º e 2º Reis); Deus não mandou Samuel ungir um imperador; na coxa do Cavaleiro (Jesus Cristo) não está escrito imperador dos imperadores (Ap 19:16). No império as pessoas se sacrificam e morrem pelo imperador, no Reino o Rei morre pelas pessoas; No império o imperador e sua coorte vivem para ser servidos, no Reino o Rei e seus súditos servem; no império os fins justificam os meios, vale se corromper; no Reino os meios justificam os fins, basta obedecer ao Rei; Construtores de império somente querem dar ordens, e edificadores do Reino somente querem obedecer; Jesus deu pastores para a Igreja (Ef 4:11) e não Igreja para pastores. Jesus ungiu pastores, e não imperadores para dar seguimento na Igreja através de “monarquia hereditária”.

v-                  UM GOVERNO EPISCOPAL APOSTÓLICO
De fato, a Igreja é de Deus, mas Ele mesmo estabeleceu um episcopado sobre a Igreja, senão,    vejamos: “Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos,        para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue.” (At 20:28). Mas         note que o modelo neotestamentário de episcopado é aquele que constituído pelo Espírito Santo       mediante uma liderança genuinamente apostólica. O apóstolo Paulo designou Timóteo como Bispo           das igrejas de Éfeso (I Tm 1:3), e Tito como Bispo das Igrejas da ilha de Creta (Tt 1:5), e ele mesmo           supervisionava à distância essas igrejas, não através do cabresto de um estatuto ou regimento     institucional, mas mediante uma paternidade espiritual apostólica (I Tm 1:2, 18). Paulo não      minava recursos financeiros das Igrejas para se ostentar com seu ofício de apóstolo, mas seus filhos       na fé e no ministério percebiam pelo Espírito, seu compromisso de semear ofertas em sua cobertura             apostólica (Fl 4:14-19; I Co 9:6-14; Gl 6:6). O que Paulo esperava de seus discípulos, é que estes             transmitissem a doutrina apostólica do Reino para outros obreiros fieis, preparando-os para        conservar este legado (II Tm 1:13). O apóstolo Paulo delegou ao jovem pastor (bispo) da Ilha de          Creta, a autoridade e autonomia para consagrar anciãos que seriam dirigentes das igrejas locais (Tt1:5), mas este modelo somente passou a vigorar plenamente dessa maneira no segundo         século. Foi justamente a partir daí que os termos bispo e presbítero passaram a designar funções         distintas, pois dado o            crescimento expansivo da Igreja, a liderança carecia ser descentralizada através            de um episcopado hierárquico com bispos supervisionando presbíteros, ou seja, o bispo   gradualmente, se tornou presidente do corpo de presbíteros; a este era confiada a direção das     igrejas locais, e, àquele a administração da disciplina, porém, ambos exercendo o ofício   pastoral. Na             visão    eclesiástica de Inácio, o bispo era o símbolo da unidade cristã e o portador da tradição   apostólica. Clemente dando         ênfase à visão de Inácio declara que os bispos são   os sucessores dos        apóstolos. Tal conceito tem suas       origens no modelo judaico em dois   aspectos: (1) Sucessão           doutrinária (os bispos receberam o    ensinamento verdadeiro dos apóstolos, assim como os profetas     de Moisés), e (2) Sucessão de ordenação (os bispos tinham sido designados pelos apóstolos e     seus     sucessores em linha    ininterrupta, assim como a            família de Arão). Esse governo judaico-cristão do   episcopado foi bem    sucedido e triunfou    até o terceiro século,           trazendo tranqüilidade eclesiástica    e ordem doutrinária,   quando            então começaram os             abusos e desmandos que geraram o   “sacerdotalismo” dos tempos posteriores.

vi-                A RENOVAÇÃO DOS VELHOS ODRES
Como já dissemos, Deus não deseja destruir as denominações, e sim renová-las neste final de dispensação, para enviar-lhe o vinho novo do Espírito Santo. Esta é uma palavra profética: “Antes que eu volte minha noiva desfrutará do vinho novo, mas para isso, criarei novos odres e renovarei os velhos. Aqueles que não quiserem renovação de seus odres, simplesmente não beberão desse vinho do Meu Espírito, e aqueles que se opuserem com força serão cortados da minha mesa. Eu farei ruir o velho sistema, mas não destruirei as denominações; eu destruirei os impérios humanos e definitivamente farei sobressair o Meu Reino sobre toda a Terra. Haverá um breve período de tribulações e rejeição dos meus eleitos, mas Eu os pouparei e os farei reis e sacerdotes do Meu Reino. Os novos odres já foram criados por Mim e já estão prontos para receber, e alguns já receberão o vinho novo; agora, pelo ministério de meus apóstolos e profetas estou renovando os velhos odres, e estes desfrutarão de tempos jamais experimentados, nem mesmo por seus antepassados pioneiros. Este é um tempo de renovação, e toda a minha Igreja, cada um de meus redimidos, deve se engajar no processo de renovação. Ninguém deve ficar alheio, pois se ficarem, alguns perderão o vinho, e outros perderão a verdadeira Vida. Não temam em andar apalpando, pois eu os conduzirei neste tempo por revelação para a Recriação e Renovação de Odres Espirituais.” (Inspiração profética de 09/05/12 – Enéas Ribeiro).



Conclusão
O Senhor tem elevado seus apóstolos e profetas neste tempo a um nível de revelação espiritual jamais experimentado desde os dias de Paulo no deserto da Arábia e João na Ilha de Patmus. Nada do que o Espírito tem revelado vem em confronto com as Sagradas Escrituras, ao contrário, está trazendo luz a muitas coisas outrora ocultas. Não precisamos empreender esforços humanos e intelectuais para desencadear algum tipo de revolução religiosa, Deus está sabia e soberanamente conduzindo sua Igreja para a edificação do Reino de Deus. A queda dos impérios não é nossa responsabilidade ou nosso “ministério”. Deus nos presenteou com a honra de sermos seus embaixadores, e edificarmos seu Reino na Terra, mas somente a Ele cabe a deposição dos soberbos e a derrocada dos impérios (Dn 2:21). A Restauração de todas as coisas está diante dos nossos olhos (At 3:21). Não esteja cego. Receba em seu conhecimento espírito de sabedoria e revelação, e receba iluminação para os olhos do seu entendimento (Ef 1:16-19). 

terça-feira, 5 de junho de 2012



A CONTAMINAÇÃO DO VELHO SISTEMA ECLESIÁSTICO

                        Introdução
            Nossa geração é privilegiada por poder desfrutar do poderoso legado espiritual transmitido por grandes avivalistas e líderes da igreja do passado, que à custa de muitas perseguições, descrédito e até derramamento de sangue, lançaram os primeiros alicerces apostólicos para a igreja como conhecemos hoje. Lamentavelmente, este legado foi honrado apenas sob o ponto de vista da narrativa histórica, haja vista que muitas igrejas e líderes eclesiásticos da atualidade ostentam a história pioneira dos antigos heróis da fé, mas não conservam e tão pouco, difundem este legado. Podemos nos gloriar no ministério e na vida de heróis como: John Wesley, Jonathas Edwards, Dwight Moody, Evan Roberts, William Seymour, Kathryn Kuhlman, Aimee Semple McPherson, Daniel Berg e Gunnar Vingren, Manoel de Melo, e mesmo de nosso fundador Charles Harrison Mason. Porém, não basta nos gloriamos nesses apóstolos do passado, precisamos nos nutrir do mesmo Espírito que os compungia. Hoje, o que temos é uma “maquete” daquilo que eles construíram, e o sistema denominacional, sutilmente se deteriorou pela contaminação espiritual de antigas culturas do Oriente, e a principal área afetada foi o governo eclesiástico.     

i-                    A INFLUÊNCIA EGÍPCIA SOBRE O GOVERNO DA IGREJA
O sistema opressor de tributos do Egito forjou a mentalidade econômico-administrativa de muitas nações da posteridade, é uma forma hábil e simples de minar recursos para uma sede de governo capitalista. Em muitos sistemas eclesiásticos congregacionais vemos exatamente isso: “E os egípcios puseram sobre eles maiorais de tributos, para os afligirem com suas cargas. E edificaram a Faraó cidades de tesouros, Pitom e Ramessés.” (Êx 1:11) Parafraseemos assim: “E os pastores presidentes puseram sobre as pequenas congregações pastores locais para arrecadar, para os afligirem com suas varas. E edificaram ao Presidente grandes tesourarias, mega-templos e catedrais”. O plano de Deus é que cada igreja local seja autóctone, ou auto-sustentável. Caso haja um sistema razoável de arrecadação para uma Igreja Sede, que seja o dízimo dos dízimos, pois nada poderia parecer mais razoável do que honrar a “Mãe” (Êx 20:12; Ml 3:10; Rm 15:26-27; II Co 8:1-15; Ef 6:2), e os recursos devem ser administrados com ênfase em esforços de missões e no suprimento das próprias congregações até que se estabilizem. Quando o Reino de Deus vem o império egípcio cai.
  
ii-                  A INFLUÊNCIA BABILÔNICA SOBRE O GOVERNO DA IGREJA
A genealogia babilônica remonta os primórdios da civilização humana, com Ninrode e sua torre (Babel) sempre com a mesma ideologia: “...façamo-nos um nome...” (Gn 11:4b). O orgulho e a ostentação babilônica sempre foram refletidas por seus reis, dentre os quais o mais renomado foi Nabucodonosor, cuja jactância por suas conquistas e edificações parece inspirar líderes de todas as gerações e lamentavelmente muitos líderes da cristandade. As palavras desse rei se repetem no coração de “mega-apóstolos” (II Co 11:5) da atualidade: “...Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com a força do meu poder e para glória da minha magnificência?” (Dn 4:30). O único interesse do sistema denominacional contaminado é edificar catedrais que façam sobressair o nome de sua placa, assim, não há lugar para ideais de unidade do Reino, pois o seu ideal é o estabelecimento do império denominação. Quando o Reino de Deus vem o império babilônico cai.
  
iii-                A INFLUÊNCIA GREGA SOBRE O GOVERNO DA IGREJA
Indubitavelmente a cultura que mais se perpetuou e influenciou a civilização moderna foi o helenismo. As conquistas épicas e assustadores do jovem rei grego Alexandre Magno (“o grande”) fizeram-no estender seu governo por quase todo o mundo de sua época. O ideal de Alexandre era helenizar o mundo, ou seja, impor a cultura e as tradições gregas a todos os povos por ele conquistados, e não podemos dizer que seu intento fracassou, pois mesmo após sua morte prematura (aos 32 anos de idade), Roma que foi o império predominante após o declínio grego, adotou o quase a totalidade do helenismo, especialmente a filosofia grega. Assim, surgiu a cultura greco-romana calcada em ideais de domínio e intelectualidade (I Co 1:22). Dentre os principais ideais do espírito da Grécia destacam-se: (1) a veneração da estética; (2) a idolatria do esporte; (3) a sensualidade e o hedonismo; (4) e o culto às idéias e ao intelectualismo. Todos estes aspectos encontraram guarida na mentalidade hodierna, mas é justamente este último que entrou sorrateiro e hoje permeia a cristandade. Assim, as mentes mais inquiridoras têm se apartado da simplicidade que há em Cristo (II Co 11:3), dando origem a pragas filosóficas como o humanismo secular, o comunismo ateísta e a teologia liberal. Os mistérios divinos não são para os “sábios e entendidos”, mas para os pequeninos (Mt 11:25-26), e o espírito regenerado somente cresce quando o entendimento humano fica infrutífero (I Co 14:14). Deus tem levantado outra vez, nesse tempo, os filhos de Sião, que são os filhos do Reino, para sobrepujar os filhos da Grécia (Zc 9:13). Quando o Reino de Deus vem o império grego cai.
  
iv-                A INFLUÊNCIA ROMANA SOBRE O GOVERNO DA IGREJA
Roma consolidou-se como o império de mais prolongado domínio na história da humanidade, e mesmo após a queda de seu império político, ostenta-se com sua influência político-religiosa. O maior problema dogmático da Igreja Católica Romana não está essencialmente no seu governo eclesiástico episcopal, que na verdade é o mais coeso para conservar a unidade doutrinária e administrativa, a grande problemática é o “nicolaísmo” (Ap 2:15). Acredita-se que o nicolaísmo era a crença na acepção exacerbada entre clérigos e leigos, em que os bispos da Igreja insurgiam-se como representantes mediadores de Deus diante do povo. Doutrina esta que anula o sacerdócio universal da Igreja (I Pe 2:9; II Co 5:18-20). A iconoclastia de sacerdotes cristãos não é exclusivamente católica, pois, o protestantismo em suas mais diversas vertentes, tem consagrado seus ídolos humanos, pastores, bispos e apóstolos que parecer deter o monopólio da salvação e mediarem o acesso do povo a Deus. Os líderes episcopais cristãos têm, sim, sua distinção honorífica em função de sua separação  singular e zelo pelo ministério (At 6:3-4; I Co 9:13-14; Gl 6:6; I Ts 5:12-13; I Tm 5:17), porém, os mesmo não estão qualificados para mediação, pois este posto já está definitiva e gloriosamente ocupado (Jo 14:6; At 4:12; I Tm 2:5). Quando o Reino de Deus vem o império romano cai. 

v-                  SOBREPUJANDO O SISTEMA DENTRO DO SISTEMA
Alguns seguimentos extremistas dentro da Renovação Apostólica acreditam na necessidade da extinção do sistema denominacional, por considerá-lo obsoleto. À bem da verdade, o sistema de fato se deteriorou em seu propósito, mas o plano de Deus não é destruir o que foi construído. Deus espera que os ministérios que estão, de alguma forma, vinculados a um sistema denominacional caído, recebam uma revelação do Reino de Deus e a difundam em seu seguimento. Não precisamos depreciar pastores e igrejas cujas mentes não foram renovadas, o Reino de Deus é positivamente comparado por Jesus com o fermento (Lc 13:20-21). Quando o Reino de Deus de fato chega, toda a mazela do sistema denominacional cai. Ninguém deve se insurgir contra lideranças eclesiásticas e autoridades espirituais, sob pretexto de um suposto “ministério profético”. Se alguém não encontra perspectiva de implantação do Reino em uma denominação, que procure outra que comungue de sua visão e ideais, mas o grande desejo de Deus não é extinguir os velhos odres, mas renová-los enquanto cria novos odres, assim, o vinho novo do Reino de Deus será derramado sobre todos aqueles que se conservarem obedientes e humildes. A Visão do Reino de Deus é incomparavelmente maior do que a visão de qualquer denominação.

Conclusão
Este é um tempo de profunda purificação da Igreja de Deus, o Espírito Santo vem, ao longo dos séculos com sua pá, alimpando sua eira, e recolhendo o trigo no celeiro (Lc 3:17); desde a grande contaminação do século IV Deus não parou seu expediente de limpeza, e podemos estar certos de que antes do glorioso retorno de nosso Rei, Jesus Cristo, a casa estará limpa para recebermos o Tabernáculo de Deus entre os homens (Ap 21:3).